sábado, 29 de dezembro de 2007

SONETO DA SEPARAÇÃO

"De repente do riso fez-se o pranto/ Silencioso e branco como a bruma/E das bocas unidas fez-se a espuma/ E das mãos espalmadas fez-se o espanto.///De repente da calma fez-se o vento/ Que dos olhos desfez a última chama/ E da paixão fez-se o pressentimento/ E do momento imóvel fez-se o drama./// De repente, não mais que de repente/ Fez-se de triste o que se fez amante/E de sozinho o que se fez contente./// Fez-se do amigo próximo o distante/ Fez-se da vida uma aventura errante/De repente, não mais que de repente.” (Vinícius de Moraes)

Nenhum comentário: